Domenico Losurdo e a questão imperialista

Obra póstuma do autor – com artigos entre 1948 e 2017 – destrincha as origens do imperialismo e sua expressão contemporânea, do europeu ao estadunidense. Leia, com exclusividade, um trecho do livro. Sorteamos 1 exemplar

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Domenico Losurdo, foi um filósofo marxista que dedicou boa parte de seus estudos à compreensão das raízes do imperialismo e de sua expressão contemporânea. Professor de história da filosofia, diretor do Instituto de Filosofia e Pedagogia da Ciência da Universidade de Urbino e destacado militante comunista na Itália, foi um ávido leitor de Lenin e Mao Tsé-Tung. Com seu pensamento dialético e inquieto, o filosofo foi a fundo na busca dos atores do teatro imperialista – do passado e do presente. 

O que é o imperialismo? O que significa ser anti-imperialista hoje? Qual o inimigo principal na luta contra sua expressão? Essas perguntas nortearam seu pensamento e suas análises.

No livro, “Imperialismo e a Questão Europeia”, lançado em 2023 pela Boitempo Editorial, estão reunidos artigos que vão de 1948 a 2017. Neles, é possível perceber a constante preocupação do autor com a questão imperialista.

Losurdo era contrário à saída da Itália da União Europeia – o que gerou atrito com o Partido Comunista Italiano à época – , por isso, buscou pautar seus argumentos sob sólidas bases analíticas. Nos artigos contidos em “Imperialismo e a Questão Europeia”, buscou debater desde o legado da tradição colonial e do nazifascismo à democracia moderna e identidade política da União Europeia. Em sua procura, encontrou as convergências e diferenças do imperialismo Europeu e do no Norte Americano, além de constatar as contradições do discurso civilizatório que alimentou a colonização e lançou as bases do sistema desigual que explora nossas vidas atualmente.

Outras Palavras e Boitempo Editorial irão sortear 1 exemplar de Imperialismo e a Questão Europeia, de Domenico Losurdo, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a segunda-feira do dia 3/7, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui.

Outros Quinhentos publica com exclusividade um trecho do livro. Boa leitura!


2. A IDEOLOGIA DA GUERRA E O MITO DA TRANSLATIO IMPERII DA EUROPA PARA OS ESTADOS UNIDOS[1]

2.1. autoconsciência europeia, “guerra santa” e expansão planetária

Em 1772, Arthur Young calcula que, dos 775 milhões de habitantes do globo, apenas 33 milhões gozam de liberdade, e estão todos concentrados em uma área bastante limitada do planeta, que exclui a Ásia, a África, quase toda a América, bem como a parte Sul e Leste da própria Europa[2]. Trata-se de um tema sucessivamente retomado e desenvolvido com eloquência por Adam Smith:

Somos levados a acreditar que a escravidão está quase erradicada pelo fato de não sabermos nada sobre ela nesta parte do mundo, mas, ainda hoje, é quase universal. Uma pequena parte da Europa Ocidental é a única porção do globo que está imune, e isso é muito pouco comparado aos vastos continentes onde a escravidão ainda predomina.[3]

A Europa ou o Ocidente têm o prazer de se retratar como a pequena ilha de liberdade e civilização em meio ao oceano tempestuoso da tirania, escravidão e barbárie. Para prosseguir com essa autocelebração, Young e Smith, no entanto, são obrigados a ignorar um detalhe que está longe de ser negligenciável: o tráfico negreiro, que envolve a forma mais brutal de escravidão, a chattel slavery*, e que há séculos compromete justamente a Europa ocidental, partindo precisamente da Inglaterra liberal que adquiriu o monopólio desse comércio de carne humana, o asiento, arrebatando-o à Espanha. Da América, o tráfico de negros nos leva de volta à África. O tráfico de escravos é evocado por Hume, mas apenas para ser imputado às próprias vítimas. 

Como demonstração do fato de que as “nações europeias” constituem “aquela parte do globo que nutre sentimentos de liberdade, honra, equidade e valores superiores ao restante da humanidade”[4], o filósofo inglês aponta que “qualquer coisa pode ser obtida de um negro se lhe for oferecida uma bebida alcoólica forte, e pode-se facilmente fazê-lo vender não apenas seus filhos, mas sua esposa e amante por um barril de conhaque”. Há, portanto, razão para acreditar que os negros “são naturalmente inferiores aos brancos”, e inferiores a ponto de serem desprovidos de qualquer “vislumbre” de ingenuity [engenhosidade], ou seja, de inteligência, mas também de espírito livre[5].

Smith e Hume criticam a escravidão como economicamente improdutiva, mas a realidade dessa instituição não chega a lançar sombra sobre a imagem luminosa da Europa que eles traçam. Em Locke, porém, a justificativa da escravidão nas colônias, suportada por homens “em nome da lei da natureza sujeita à dominação absoluta e ao poder incondicional de seus senhores”, anda de mãos dadas com a celebração de “nossos países ocidentais” como lugar exclusivo da liberdade, habitados como são por “pessoas intratáveis e irremediavelmente teimosas e obstinadas”, que certamente não tolerariam a “castração” sofrida pelos “maometanos” do “Império Otomano”[6]. Entende-se, então, que a autoconsciência ou falsa consciência de ser a “única porção do globo” livre não é abalada nem mesmo pela intervenção militar com a qual a Inglaterra liberal, primeiro, e a França napoleônica, a seguir, tentam reintroduzir em Santo Domingo a escravidão abalada pela revolução dos negros liderados por Toussaint L’Ouverture: “Um Estado negro no arquipélago ocidental” – escreve The Times – “é radicalmente incompatível com todo o sistema de colonização europeia”. E, portanto: “Nesta área, a Europa obviamente recuperará a influência e o domínio que justamente reivindica em virtude da sabedoria superior e das qualidades superiores de seus habitantes”[7].

Vimos Smith celebrar a “Europa ocidental” e Hume, indiferentemente, as “nações europeias” e os “brancos”: uma identidade que se destaca mais claramente nas colônias inglesas na América e nos Estados Unidos, onde será objeto de celebração, e a “raça branca ou europeia”[8], cuja superioridade tende cada vez mais a assumir um fundamento “natural”. As categorias legitimadas por Burke sobre a “raça escolhida dos filhos da Inglaterra” ou a “nação em cujas veias circula o sangue da liberdade” (é uma questão de “genealogia”, contra a qual os “artifícios humanos” se mostram impotentes[9]) foram validadas por grande parte da cultura europeia e ocidental da época para explicar a relação entre metrópoles e colônias ou o resto do mundo. Dentro da pequena ilha de liberdade, os países individualmente rivalizam entre si, mas o fato é que a essa ilha compete, em relação ao oceano sem limites da escravidão, uma primazia que não é meramente histórica. Burke faz outra observação importante. Precisamente nas colônias americanas, onde a instituição da escravidão está presente ou é mais difundida, a liberdade aparenta “qualquer coisa de mais nobre ou de mais liberal”. Aqui, os livres “são mais forte e obstinadamente apegados à liberdade” do que os habitantes das colônias do Norte: “a soberba do império combina-se com o espírito de liberdade, fortalece-o e torna-o invencível”[10]. Além disso – pode-se acrescentar – a presença de escravos negros e a relação de separação e conflitualidade em relação a eles estimula o sentimento de igualdade entre os brancos livres. Algo semelhante acontece em âmbito planetário. Longe de enfraquecê-la, a sujeição progressiva do resto do mundo e a sua submissão a relações laborais servis ou semi servis reforça ainda mais a autoconsciência da Europa como representante privilegiada ou exclusiva da liberdade, e reforça também o sentido de identidade e de pertencimento comum, apesar da multiplicidade de Estados que a constituem, a uma entidade cultural e política única e infinitamente superior a todas as outras.

Além dos “brancos”, Hume fala também dos “alemães” e das “nações nórdicas” que dão vida à Europa cristã e amante da liberdade[11]; e, nesse mesmo sentido, Burke elogia “nossos ancestrais góticos”[12]. Trata-se de um tema claramente deduzido de Montesquieu que, ao fazer a liberdade inglesa, que tanto admirava, derivar dos “bosques” dos “alemães”[13], celebra como “livres” “os povos do Norte e da Alemanha”[14], denunciando os turcos e as “nações do Sul” como uma “grande ameaça ao Ocidente”, ou seja, ao “Norte” e à “Europa”[15]. Europa que é também sinônimo de “cristandade”, como já se depreende do título do famoso livro de Novalis, Christenheit oder Europa [Cristianismo ou Europa], ou da celebração que August Willhelm Schlegel faz das Cruzadas como expressão do “patriotismo cristão-europeu”[16]. Mais tarde, a partir da segunda metade do século XIX, o páthos da Europa, do Ocidente e do Norte entrelaça-se, em grandes círculos culturais e políticos, com o mito “indo-europeu” e “ariano”. Assim em Renan: o conjunto das “nações europeias”, a “Europa” como “confederação de Estados, unidos por uma ideia comum de civilização”, a “Europa cristã […] superior ao Oriente” começa a tomar forma com a “conquista germânica dos séculos V e VI [que] se tornou a base de toda preservação e legitimidade na Europa”; mas essa entidade cultural e política tem como fundamento a “raça indo-europeia” ou “raça ariana” com sua “grande superioridade”[17]. Assim como Lapouge, para quem “ariano” é sinônimo de “Homo europaeus”[18], da mesma forma, em relação à Itália, Lombroso contrasta o Homo europaeus (representante da raça ariana ou germânica) com o Homo meridionalis[19]. Em última análise, Europa, Ocidente, Norte, raça branca (e ariana) e cristandade tendem a se tornar sinônimos que definem o lugar da civilização em oposição à barbárie.

Outras Palavras e Boitempo Editorial irão sortear 1 exemplar de Imperialismo e a Questão Europeia, de Domenico Losurdo, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a segunda-feira do dia 3/7, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui.

Tudo isso pressupõe a transfiguração ou até mesmo a remoção das páginas mais obscuras da história da qual essa entidade é protagonista, de tempos em tempos definida em termos culturais, políticos, geográficos ou raciais. Como exemplo de ingênua transfiguração, podem ser citadas as páginas de Joseph Gorres, ex-jacobino que mais tarde se tornou ideólogo da Restauração, dedicadas às Cruzadas, particularmente significativas não só pelo tom alegre com que celebram um empreendimento descrito pelos próprios cronistas cristãos como guerras de extermínio, mas também e sobretudo pelo fato de que nelas aparece mais claramente a identificação entre Norte, Europa, Ocidente e cristandade (a raça branca ou ariana permanece nas sombras). Ao escândalo que era ver um falso profeta dominar os mesmos lugares sagrados e espalhar um veneno “na própria intimidade do coração da cristandade”, reagem “os orgulhosos, ágeis heróis nórdicos”:

Assim, as antigas guerras míticas entre os deuses ressurgiam entre os homens como guerra pelos deuses; assim a história tornava-se uma única grande epopeia religiosa, para a qual cada nação contribuía com seu próprio canto: todo o Ocidente se configurava como a abóbada de uma única grande catedral […] Era uma exultação, um júbilo, um canto feliz esse tempo […] Um longo e belo maio floresceu sobre a Europa, os prados verdejavam frescos e repletos de homens […] Todas as nações europeias participaram dessa festa da vida, unidas em uma única liga[20].

Mais importante que a transfiguração, porém, é a técnica de remoção ou neutralização de memórias incômodas. Em 1842, ao traçar em grandes linhas a história da Europa e do Ocidente, Edgard Quinet tropeçou na conquista espanhola da América. Não pôde silenciar sobre o extermínio dos povos indígenas, mas encontra uma explicação engenhosa e tranquilizadora: é verdade, isso foi realizado pela Espanha, país europeu, sim, mas que naquele momento encontrava-se sob a influência decisiva da cultura e da religião do Islã, que assim acaba por ser o carrasco real, mas indireto, dos nativos[21]. A mesma técnica de autoconsolação e autoabsolvição é adotada para todos os outros eventos suscetíveis de lançar uma sombra sobre a glória da Europa e do Ocidente. A Inquisição não teve seu centro em uma Espanha amplamente influenciada, ainda mais uma vez, por bárbaros estranhos e hostis ao cristianismo? E a Cruzada, que aniquila os hereges albigenses, sem distinção de idade e gênero, não foi talvez preparada pela pregação do espanhol São Domingos de Gusmão[22]? Passando pela Espanha, todas as pistas levam ao Islã, em cuja conta são colocadas até mesmo as próprias Cruzadas, aquelas que têm precisamente os “infiéis” muçulmanos como alvo declarado. Quinet setencia: “A Igreja Católica ditou nas Cruzadas o princípio do islamismo: o extermínio”[23].

Essa exaltada autoconsciência funciona muito bem como ideologia de guerra da pequena “porção do globo”, lançada em sua irresistível expansão planetária. No início da Primeira Guerra do Ópio, Tocqueville se expressa em termos líricos:

Eis aqui finalmente a mobilidade da Europa às voltas com a imobilidade chinesa! É um grande acontecimento, sobretudo se pensarmos que isso é apenas a continuação, a última etapa de uma multiplicidade de acontecimentos da mesma natureza que gradualmente empurram a raça europeia para além das suas fronteiras e depois submetem todas as outras raças ao seu império ou às suas influências […]; e a escravização das quatro partes do mundo pela quinta. Portanto, é bom não maldizer demais nosso século e nós mesmos; os homens são pequenos, mas os eventos são grandes.[24]

Na mesma direção do autor de A democracia na América vai John Stuart Mill, que não hesita em justificar ou celebrar o empreendimento em nome dos princípios do liberalismo: “a proibição de importação de ópio da China” viola a “liberdade […] do comprador” antes mesmo que a “do produtor ou do vendedor”[25]. Até a Guerra do Ópio pode ser transfigurada em uma guerra da liberdade, dessa liberdade que a Europa tem a sagrada missão de espalhar pelo mundo. E sagrada continua a ser a missão da Europa também para Quinet, que não fala uma palavra sobre os massacres que, naquele momento, a França perpetrava na Argélia, em detrimento dos árabes, denunciados por ele como fonte de todo o mal; aliás, o grande historiador torna-se o propagandista acrítico da expansão colonial europeia descrita nas cores mais ternas e até mesmo transfigurada em termos religiosos, tanto que as grandes potências coloniais da época são comparadas aos Reis Magos, movidas por uma inspiração religiosa: “Quem entre eles verá a estrela primeiro?”[26].

A guerra santa às vezes é banida no sentido literal do termo. Na Inglaterra ainda não liberal, mas já orgulhosa de sua exclusiva “liberdade inglesa” ou anglicana, Bacon não apenas teoriza a “guerra santa” contra os turcos, mas também dedica um diálogo à holy war ou, em latim, ao bellum sacrum contra os selvagens do Novo Mundo, em última análise considerados “bestas ferozes”[27]. Somente um eurocentrismo ingênuo sugere hoje que o motivo da guerra santa se refere exclusivamente ao mundo islâmico. Segundo Toynbee, no entanto, o Islã desempenhou um papel particularmente importante na história da Europa e do Ocidente:

O temperamento, a atitude e o comportamento ocidentais em termos de raça, como em muitas outras questões vitais, são amplamente inspirados no Antigo Testamento […] O “cristão bíblico” de raça e origem europeias que se estabeleceu além-mar entre povos de raça não europeia acabou inevitavelmente por identificar-se com Israel, que obedece à vontade de Jeová e realiza a obra do Senhor tomando posse da Terra Prometida, ao passo que, por outro lado, identificou os não europeus encontrados em seu caminho com os cananeus que o Senhor colocou nas mãos de seu Povo Eleito para destruí-los ou subjugá-los. Sob essa sugestão, os colonos protestantes de língua inglesa do novo mundo exterminaram indígenas norte-americanos, assim como bisões, de uma costa a outra do continente.[28]

A razão da guerra santa parece estar implicitamente contida, de forma mais ou menos latente e mais ou menos radical, no etnocentrismo enquanto tal, com sua tendência a contrapor o espaço sagrado da civilização ao espaço profano da barbárie. Toda cultura tende ao etnocentrismo, mas talvez a autoconsciência da Europa ou do Ocidente seja particularmente exaltada (como explicou Schmitt, a dicotomia civilização/barbárie nada mais é do que a secularização da dicotomia cristãos/pagãos[29]). E essa exaltada autoconsciência, legado da tradição judaico-cristã, talvez tenha contribuído de maneira não negligenciável para a irresistível ascensão planetária dessa pequena “porção do globo” de que fala Adam Smith.

Mas quais são os seus limites?


NOTAS

[1] Título original: “Idee d’Europa e ideologie della guerra”, em Luciano Canfora (org.), Idee d’Europa (Bari, Edizioni Dedalo, 1997).

[2] Citado em Seymour Drescher, Capitalism and Antislavery: British Mobilization in Comparative Perspective (Nova York/Oxford, University Press, 1987), p. 17.

[3] Adam Smith, Lectures on Jurisprudence (1762-3 e 1766) (Indianápolis, Liberty Classics, 1982), p. 451-2.

[4] David Hume, The History of England, v. 1 (Indianápolis, Liberty Classics, 1983 [1778]), p. 161.

* Forma de escravidão na qual o escravizado é considerado um “bem móvel” pessoal do escravizador. (N. T.)

[5] Idem, “Of National Characters”, em Essays Moral, Political, and Literary (1772 e 1777) (Indianápolis, Liberty Classics, 1987), p. 214 e 208 (nota) [ed. it.: E. Lecaldano e E. Mistretta (orgs.), Opere, v. 2, Bari, Laterza, 1971, p. 624 e 618 (nota)].

[6] Sobre a justificação da escravidão em Locke, ver Domenico Losurdo, Hegel e la libertà dei moderni (Roma, Editori Riuniti, 1992), p. 354-5 [ed. bras.: Hegel e a Liberdade dos modernos, trad. Ana Maria Chiarini e Diego Silveira Coelho Ferreira, São Paulo, Boitempo, 2019, p. 387-92]; sobre a oposição Oriente-Ocidente, ver John Locke, “A Third Letter for Toleration” (1692), em Diego Marconi (org.) Scritti sulla tolleranza (Turim, Utet, 1977), p. 673.

[7] Citado em David Geggus, “British Opinion and the Emergence of Haiti, 1791-1805”, em J. Walwin (org.), Slavery and British Society 1776-1846 (Londres, Macmillan, 1982), p. 136-7.

[8] Um dos mais prestigiosos defensores da instituição da escravidão, por exemplo, assim se expressa: ver John C. Calhoun, “Speech on the Reception of Abolition Petitions” (1837), em Ross M. Lence (org.), Union and Liberty : The Political Philosophy of John C. Calhoun (Indianápolis, Liberty Classics, 1992), p. 473.

[9] Edmund Burke, “Speech on Moving His Resolution for Conciliation with the Colonies” (1775) [ed. it.: “Mozione di conciliazione con le colonie”, em A. Matelloni (org. e trad.), Scritti politici, Turim, Utet, 1963), p. 100 e 142-3].

[10] Ibidem, p. 91.

[11] D. Hume, The History of England, cit., p. 160-1.

[12] Edmund Burke, “Speech on Moving His Resolution for Conciliation with the Colonies” [ed. it.: “Mozione di conciliazione con le colonie”, cit., p. 91].

[13]  Charles-Louis S. de Montesquieu, “Esprit des lois” (1748), Livro 6, cap. 11, em Oeuvres complètes, v. 2 (org. Roger Caillois, Paris, Gallimard, 1949-51), p. 407.

[14]  Idem, “Lettres Persanes” (1721), carta 131, em ibidem, v. 1, p. 328.

[15]  Idem, “Réflexions sur la monarchie universelle en Europe” (1734), ibidem, v. 2, p. 29.

[16]  August Wilhelm Schlegel, “Ueber das Mittelalter” (1803), em Friedrich von Schlegel (org.), Deutsches Museum, v. 2 (Viena, [s. n.], 1812-3) (reimpressão anastática organizada por E. Behler, Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1975), p. 438-9.

[17]  Ver Ernest Renan, “La Réforme intellectuelle et morale de la France” (1871), “Nouvelle lettre a M. Strauss (15 settembre 1871)” e “Histoire des langues sémitiques” (1855; 3. ed., 1863), em Oeuvres complètes (org. H. Psichari, Paris, Calmann-Levy, 1947 e seg.), v. 1, p. 390 e 455 e v. 8, p. 581 e 584.

[18]  Citado em Léon Poliakov, Le Mythe aryen: essai sur les sources du racisme et des nationalismes (1971) (Bruxelles, Complexe, 1987, nova ed. aumentada), p. 305.

[19]  Citado em Vito Teti, La razza maledetta: origini del pregiudizio antimeridionale (Roma, Manifesto Libri, 1993), p. 154.

[20]  Joseph Gorres, “Die teutschen Volksbücher” (1807), em Paul Kluckhohn (org.), Deutsche Vergangenheit und deutscher Staat, v. 10: Deutsche Literatur, Reihe Romantik (Leipzig, Reclam, 1935), p. 137-9.

[21]  Edgar Quinet, Le Christianisme et la Révolution française (1845) (Paris, Fayard, 1984), p. 146.

[22]  Ibidem, p. 159.

[23]  Ibidem, p. 137 (assim Quinet se expressa já nos subtítulos da oitava lição).

[24]  Carta a H. Reeve de 12 abr. 1840, em Alexis de Tocqueville, Oeuvres complètes (org. J. P. Mayer, Paris, Gallimard, 1951 e seg.), v. 4, p. 58.

[25]  John Stuart Mill, On Liberty (1858) [ed. it.: Saggio sulla libertà, Milão, Il Saggiatore, 1981, p. 130; ed. bras.: Sobre a Liberdade / A Sujeição das Mulheres, trad. Paulo Geiger, São Paulo, Companhia das Letras, 2017].

[26]  Edgar Quinet, Le Christianisme et la Révolution française, cit., p. 148.

[27]  Ver Enrico de Mas, “Nota storica premissa de F. Bacone”, em Francis Bacon, Scritti politici, giuridici e storici, v. 1 (Turim, Utet, 1971, p. 82); para o “Dialogo sulla guerra santa”, ver as p. 709-32 do mesmo volume.

[28]  Arnold J. Toynbee, A Study of History (1934-1954) [ed. it.: Panorami della storia, v. 2, 1, Milão, Mondadori, 1954, p. 47-8].

[29]  Carl Schmitt, “Völkerrechtliche Formen des modernen Imperialismus” (1932), em Positionen und Begriffe im Kampf mit Weimar-Genf-Versailles 1932-1939 (1940) (Berlim, Duncker & Humblot, 1988), p. 163.


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