Texto da historiadora italiana é substancial na biblioteca de todx feminista — e também, de quem ainda não conhece nossas razões. Há 3 exemplares em sorteio para quem sustenta Outras Palavras

Por Simone Paz | Imagem: “Women Working on Wheat Field”, de Vincent Van Gogh

Da escritora feminista de “Calibã e a Bruxa”, Silvia Federici, chega agora “O Ponto Zero da Revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista”, livro que reúne textos escritos entre 1974 e 2012, desvendando as lógicas e teorias por trás da natureza do trabalho doméstico, da reprodução social e da luta feminista, buscando alternativas às relações capitalistas e patriarcais que oprimem as mulheres há séculos.

Eles dizem que é amor.

Nós dizemos que é trabalho não remunerado.

Eles chamam de frigidez.

Nós chamamos de absenteísmo.

Todo aborto é um acidente de trabalho.

Tanto a homossexualidade quanto a heterossexualidade são condições de trabalho…

Mas a homossexualidade é o controle da produção pelos trabalhadores, não o fim do trabalho.

Mais sorrisos? Mais dinheiro.

Nada será tão poderoso em destruir as virtudes de cura de um sorriso.

Neuroses, suicídios, dessexualização: doenças ocupacionais da dona de casa.

(FEDERICI, Silvia. em O ponto zero da revolução, p. 40)

Com um projeto gráfico primoroso, feito pelo pessoal da Editora Elefante, recheado de gravuras antigas que retratam mulheres realizando trabalhos, e com tradução do poderoso coletivo de mulheres Sycorax, o texto chega aos colaboradores de Outros Quinhentos — o financiamento coletivo do jornalismo compartilhado e pós-capitalista de Outras Palavras — com o sorteio de 3 exemplares grátis.

Para participar, basta preencher este formulário até sexta-feira 31 de maio de 2019.

Se você não ganhar, pode nos pedir o cupom para comprar o livro com 25% de desconto, direto no site da Elefante — limitado a 30 cupons por sorteio.

Um bônus especial é o prefácio à edição brasileira, que Federici dedica a Marielle Franco:

“[…] falar de O ponto zero da revolução é tanto o reconhecimento de realidades vivas quanto um chamado para uma política de reversão na qual as mulheres desempenham um papel especial como principais sujeitos da reprodução de suas comunidades. “Mulheres”, aqui, é usada como uma palavra codificada, sem que se assuma uma extensão universal, e sem a defesa de uma política de exclusão. Além de se referir a histórias de lutas específicas, o que a constitui é uma política centrada no reconhecimento da importância da reprodução tanto como garantia de sobrevivência como possibilidade de resistência.”

Para saber mais sobre a querida editora elefante, sobre o livro e sobre a autora, acesse:
https://editoraelefante.com.br/produto/o-ponto-zero-da-revolucao/

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